MODENS DIGITAIS
Os MODEMS BANDA BASE, ou MODEMS DIGITAIS, ou DATA SETS,
transformam o sinal digital em sinal digital codificado, para que este possa ser transmitido a
maiores distâncias através do meio de comunicação.
Os circuitos utilizados são dedicados, ou seja, não utilizam os serviços da Rede Pública
de Telefonia. Nos circuitos urbanos, utilizam LPCDs (Linhas Privativas de Comunicação de
Dados) do tipo B (Banda de Base) e nos circuitos interurbanos são utilizados apenas nos
trechos urbanos.
O MODEM BANDA BASE é utilizado apenas em distâncias curtas (alguns
quilômetros), pois a faixa de freqüência disponível nos meios de comunicação é limitada.
LPCD Tipo B (Banda Base)
Este tipo de linha possibilita a transmissão de sinais de dados em banda base,
consistindo de par físico sem pupinização e sem qualquer dispositivo eletrônico (por
exemplo, extensor de enlace, repetidor de voz, etc). Uma LPCD (Linha Privativa de
Comunicação de Dados) depende da velocidade de transmissão do circuito. Sendo seus
valores e parâmetros definidos pela Prática Telebrás No. 225-540-713.
Os valores limites e parâmetros de transmissão estabelecidos para este tipo de LPCD
dependem dos limites de alcance especificados para os modens digitais. Existe um valor de
alcance associado a cada uma das velocidades de transmissão (em bits/s) em que o modem
pode operar. Na prática, o alcance é um comprimento de cabo para o qual a curva de
atenuação de um par físico é tal que ainda pode ser compensada pelo equalizador do modem
para uma determinada velocidade de transmissão.
Como os valores limites dependem da velocidade transmissão, deve-se sempre
mencionar a velocidade a que se destina a linha tipo B.
Alcance dos Modens Digitais
O alcance dos modens digitais diminui conforme aumenta a velocidade de transmissão (bps),
sendo esta uma das características mais importantes em um modem digital.
Define-se alcance de um modem digital como sendo a distância máxima em que ele consegue
funcionar mantendo a taxa de erro abaixo de um valor pré-determinado.
A Tabela 1 contém a relação entre o alcance e a velocidade do modem digital, enquanto a
Tabela 2 mostra as principais características das linhas de bitolas mais comuns: a constante
de equivalência (K), que depende da resistência de enlace (R) e da capacitância (C),
conforme prática TELEBRÁS No. 225-540-713.
Existem diversas técnicas de codificação do sinal digital, mas todas elas procuram
gerar o sinal codificado com muitas transições com o objetivo de facilitar a recuperação do
sincronismo no modem receptor. Estas técnicas procuram, ainda, concentrar o espectro de
transmissão do sinal codificado dentro de uma faixa de freqüência com a componente DC
(corrente contínua) pequena.
Os sinais digitais transmitidos entre elementos de um mesmo circuito são normalmente
tratados na forma NRZ (não retorna zero) ou RZ (retorna zero) conforme ilustra a figura FIG
AUX 1. Quando o objetivo é no entanto externar os sinais transmitindo-os de um
equipamento para o outro, algumas considerações devem ser feitas:
ÿ Componente DC presente nos sinais digitais;
ÿ Sincronismo entre relógios TX e RX.
A componente DC, inconveniente aos circuitos acopladores, pode ser evitada de forma
simples pela adoção de sinais AMI (inversão alternada da marca) que consiste em inverter a
polaridade dos bits de conteúdo lógico 1. Desde modo ao longo de uma seqüência de
transmissão a resultante DC deste sinal será nula.
Outro fator determinante na transmissão de sinais digitais é a necessidade de
manutenção de sincronismo entre as cadencias de transmissão dos pulsos e instantes de
interpretação na recepção. Estas cadencias são definidas por circuitos de relógio (clock). A
ausência deste sincronismo provocará perda de informação pelo salto de bit ou leitura .